Documentário: História de guerrilha

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Filme “Marighella”, que mostra a trajetória do militante por meio de depoimentos e imagens, estreia hoje

Homem que passou 40 anos vivendo clandestinamente e foi considerado o inimigo número um da ditadura militar. Carlos Marighella, é retratado no filme que leva seu nome e estreia hoje.

Morto em 1969, vítima de uma emboscada armada pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social), durante o regime militar, Marighella era comunista, foi guerrilheiro e defendia ideias consideradas modernas para sua época, como o direito ao divórcio, liberdade partidária e educação para todos.

“0 trabalho de reunir todo esse arquivo foi muito intenso. Fomos atrás de imagens e arquivos de áudio em vários lugares do mundo. Encontramos raridades, mas não achamos vídeos dele vivo”, conta Isa Grinspum Ferraz, diretora do documentário e sobrinha do militante.

Segundo ela, o objetivo da produção é mostrar aos brasileiros quem foi esse homem. “Muito se ouve falar dele, mas poucos conhecem sua verdadeira história.” Além de imagens antigas, o filme reúne depoimentos de historiadores, militantes de esquerda e de Clara Charf, viúva do guerrilheiro.

A proximidade da diretora com Marighella faz com que os relatos sejam bastante pessoais. “Não quis ser imparcial, até por isso não ouvi o outro lado.” (Julio Couto)

Música inédita de Mano Brown fecha o filme

Após assistir ao filme “Marighella” diversas vezes, o rapper Mano Brown, do Racionais MC’s, escreveu a letra “Marighella – Mil Faces de um Homem Leal”, que fecha o longa. Brown foi escolhido pela diretora Isa Grinspum Ferraz, sobrinha de Marighella. “Passei um ano e meio atrás dele até conseguir encontrá-lo para propor a que ele criasse algo inédito para fechar o filme.”

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